sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Ataques digitais aumentaram quase 50% em 2014


Um estudo da consultoria PwC, denominado “Managing cyber risks in an interconnected world”, apontou que a segurança cibernética não é mais uma questão que preocupa apenas os profissionais de TI. O impacto estendeu-se para outros setores das empresas. Nos últimos 12 meses, a incidência dos ataques ao redor do mundo atingiu empresas de todos os setores econômicos.
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Foram 117.339 novos incidentes todos os dias. De acordo com a pesquisa, o número de incidentes cibernéticos detectados subiu para 42,8 milhões este ano – um salto de 48 % em relação a 2013 . Este aumento impactou diretamente no custo: as perdas financeiras atribuídas a incidentes de segurança cibernética aumentaram 34% em relação ao ano passado.
As perdas financeiras relacionadas ao cibercrime aumentaram 34% em todo mundo, enquanto o orçamento médio das empresas para a área de Segurança da Informação retraiu 4% em relação ao ano passado
O relatório utilizou como base os dados da pesquisa “The Global State of Information Security Survey 2015”, organizada pela consultoria, em parceria com as empresas norte-americanas CIO e CSO.
Como a frequência e os custos de incidentes de segurança continuam a subir, o estudo da PwC constatou que o cenário se deve ao fato de que muitas organizações não atualizam os processos críticos e as tecnologias de segurança da informação, assim como não dão o real valor às necessidades de treinamento dos funcionários. O orçamento médio das empresas para a área de segurança da informação, em 2014, foi de $ 4,1 mi – uma retração de quase 4% em relação a 2013.
“Analisando a pesquisa, em alguns casos os programas de segurança da informação têm enfraquecido devido a investimentos insuficientes na área. Ao mesmo tempo, os custos financeiros de investigar e mitigar os incidentes crescem ano após ano”, avalia o sócio da PwC Brasil e especialista em TI, Edgar D’Andrea.
Pequenas empresas são mais vulneráveis – O estudo conclui, com base na pesquisa anual da consultoria, que as empresas maiores estão mais aptas a identificar os ataques cibernéticos – organizações com receita anual de $ 1 bilhão ou mais detectaram 44% mais incidentes em comparação ao ano passado.
Em empresas médias, com receita entre $ 100 milhões e $ 1 bilhão, houve um salto de 64 % no número de incidentes detectados. No entanto, é nas organizações menores que podem residir os maiores riscos. Empresas com faturamento de menos de $ 100 milhões contrariaram a tendência de aumento na identificação de ameaças cibernéticas e detectaram 5% menos incidentes este ano.
“Uma explicação pode ser a de que as pequenas empresas estão investindo menos em segurança da informação, o que pode deixá-las tanto incapazes de detectar ameaças, quanto mais vulneráveis a ataques cibernéticos”, afirma Edgar D’Andrea.
O estudo aponta que as pequenas empresas, muitas vezes, não se consideram alvo de hackers. Outra conclusão importante é a de que os adversários cibernéticos sofisticados têm adotado a estratégia de focar em empresas de pequeno e médio porte como um meio para ganhar acesso aos ecossistemas de negócios interconectados destas empresas com organizações de maiores dimensões.
“Esta realidade é perigosa e se agrava pelo fato de que grandes empresas, em muitos casos, fazem pouco esforço para monitorar a segurança dos seus parceiros, de fornecedores e das cadeias de abastecimento. Esses stakeholders acabam sendo atrativos para os hackers porque oferecem um rico tesouro de informações, incluindo documentos de estratégia comercial, de propriedade intelectual e uma ampla base de dados dos consumidores”, ressalta D’Andrea.
A pesquisa da PwC aponta que a América do Sul foi a única região a apresentar um declínio na detecção de ataques cibernéticos. O número de incidentes caiu 9% este ano. Em relação aos gastos médios das empresas com segurança da informação, houve queda de 24% na região. O orçamento médio na América do Sul fica em torno de $ 3,5 mi, menor do que na América do Norte ($ 4,6 mi) e na Ásia ($ 4,5 mi), à frente apenas da Europa ($ 3,1 mi).

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